A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões) em 2024, conforme divulgado no relatório de desempenho da estatal nessa última quarta, 26. O resultado representa uma queda em relação ao lucro de 2023, que foi de R$ 124,6 bilhões (US$ 24,9 bilhões). Segundo a companhia, a principal causa para a redução foi a variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior, além da desvalorização do Brent e do crackspread do diesel. No quarto trimestre de 2024, a empresa apresentou um prejuízo de R$ 17 bilhões (US$ 2,8 bilhões), mas afirmou que, ao desconsiderar eventos exclusivos, o resultado seria um lucro de R$ 17,7 bilhões (US$ 3,1 bilhões).
Entre os fatores que impactaram o resultado da Petrobras estão a variação cambial negativa de US$ 10,9 bilhões, a queda no preço do Brent e do crackspread do diesel (-US$ 6,5 bilhões), a transição tributária federal (-US$ 2,7 bilhões) e a redução no volume de produção de petróleo (-US$ 0,8 bilhão). A estatal também destacou que a adesão ao edital de contencioso tributário em junho de 2024 permitiu o encerramento de disputas judiciais relacionadas a afretamentos de embarcações e contratos de prestação de serviços. A empresa afirmou que a queda nas margens internacionais de diesel afetou refinadoras em todo o mundo e contribuiu para a redução do Ebitda no segmento de refino e comercialização.
Apesar da queda no lucro, a Petrobras investiu R$ 91 bilhões (US$ 16,6 bilhões) em projetos ao longo do ano, antecipando investimentos sem custo adicional. A estatal pagou R$ 102,6 bilhões em dividendos e R$ 270 bilhões em tributos aos cofres públicos, o segundo maior montante em uma década. A produção total de óleo e gás natural foi de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), com novos recordes de produção no pré-sal. Além disso, a utilização do parque de refino atingiu 93%, a maior em dez anos, e foram registrados recordes de produção de gasolina (420 mil bpd) e diesel S-10 (452 mil bpd).
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