MP denuncia 16 pessoas por extorsão e envolvimento com milícia em SP

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou 16 pessoas por participação em uma milícia que extorquia comerciantes nas regiões do Brás e do Pari, na capital paulista. O grupo, formado por seis mulheres e dez homens, cobrava taxas semanais que variavam entre R$ 50 e R$ 250 para garantir a continuidade das atividades dos comerciantes de rua. Os acusados foram presos no primeiro semestre de 2024, e o MP pede a manutenção das prisões.

De acordo com a denúncia, divulgada nesta semana, a quadrilha operava um esquema de extorsão que levava muitos ambulantes ao endividamento com agiotas. Esses agiotas, por sua vez, pagavam para que policiais realizassem as cobranças, intensificando o ciclo de violência. Em um dos casos citados no processo, um equatoriano foi forçado a entregar R$ 4 mil a um policial militar. O grupo também controlava quem poderia atuar nos pontos de comércio sob sua influência.

Os envolvidos foram denunciados por crimes de extorsão e constituição de milícia privada, enquanto dois deles também respondem por lavagem de dinheiro e outro por agiotagem. A quadrilha inclui ex-policiais, enquanto agentes da ativa que usavam equipamentos da corporação para os crimes são processados pela Justiça Militar. A investigação identificou ao menos três milícias em disputa pelo controle de território e pontos de venda nas feiras da madrugada.

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