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O mercado financeiro elevou pela 18ª vez consecutiva a projeção para a inflação oficial do Brasil em 2025. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda, 17, pelo Banco Central, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,58% para 5,6% neste ano. Para 2026, a projeção também aumentou, passando de 4,3% para 4,35%, enquanto as previsões para 2027 e 2028 foram ajustadas para 4% e 3,8%, respectivamente. O resultado acumulado do IPCA nos últimos 12 meses é de 4,56%.
A taxa básica de juros, Selic, segue como principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação. Atualmente fixada em 13,25% ao ano, a Selic passou por quatro aumentos consecutivos, e o Comitê de Política Monetária (Copom) já confirmou um novo reajuste de 1 ponto percentual para março. A estimativa para o fim de 2025 é de que a taxa alcance 15% ao ano, reduzindo-se gradativamente nos anos seguintes. A elevação dos juros visa desacelerar a demanda, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança, mas pode impactar negativamente o crescimento econômico.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano recuou de 2,03% para 2,01%. Para os anos seguintes, o mercado estima um crescimento de 1,7% em 2026 e de cerca de 2% em 2027 e 2028. O IBGE divulgará o resultado oficial do PIB de 2024 no dia 7 de março. Já a previsão para a cotação do dólar no fim deste ano se mantém em R$ 6, com tendência de estabilidade até 2026.
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