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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou sanções econômicas e restrições de viagem contra pessoas envolvidas em investigações do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre cidadãos norte-americanos e aliados, como Israel. A decisão, anunciada nessa última quinta, 6, gerou forte reação internacional, com críticas vindas de líderes europeus e do próprio TPI, enquanto aliados de Trump, como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, manifestaram apoio.
O TPI, sediado em Haia, reiterou seu compromisso com a justiça internacional e pediu apoio aos seus 125 Estados-membros. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que as sanções ameaçam a independência do tribunal e prejudicam o sistema de justiça criminal global. A Holanda e a Comissão Europeia também lamentaram a decisão, enquanto o ministro das Relações Exteriores holandês destacou o papel do TPI no combate à impunidade.
As sanções norte-americanas incluem o congelamento de bens nos EUA e restrições de entrada para os alvos da medida e suas famílias. A decisão ocorreu no mesmo dia da visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington, em um momento em que o TPI investiga possíveis crimes de guerra em Gaza. Autoridades do tribunal convocaram reuniões para avaliar o impacto da medida.
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