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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a ausência de planejamento financeiro para a preservação de patrimônios tombados no Brasil, citando o desmoronamento da igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, como um reflexo desse problema. Durante entrevista concedida nesta quinta, 6, às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, Lula lamentou o ocorrido e afirmou que orientou autoridades federais, como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a acompanharem a situação de perto.
Para o presidente, o tombamento de bens históricos deve ser acompanhado de um orçamento que garanta sua manutenção, evitando que fiquem abandonados e sujeitos a degradação. Lula citou a dificuldade que enfrentou para recuperar a Praça dos Três Poderes, em Brasília, após os atos golpistas de 8 de janeiro, como exemplo da burocracia e da falta de recursos para conservação do patrimônio público. Ele defendeu maior responsabilidade das esferas federal, estadual e municipal na destinação de verbas para a preservação desses bens.
Lula ressaltou que o problema se repete em diversas partes do país, mencionando estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e a própria Bahia. Segundo ele, muitas construções tombadas acabam se deteriorando por falta de investimentos, tornando o tombamento um ato simbólico sem medidas efetivas para garantir a proteção do patrimônio histórico e cultural brasileiro.
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