Logo nos primeiros dias de seu novo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma operação de deportação em massa que resultou na detenção de 538 imigrantes ilegais, com centenas sendo imediatamente deportados. A ação, considerada a maior da história do país, foi anunciada pela Casa Branca como parte do cumprimento das promessas de Trump de combater a imigração ilegal, considerada uma “emergência nacional”. Agentes federais realizaram a operação utilizando aviões do Exército, conforme informou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
A medida, que visa conter a entrada de imigrantes ilegais, é uma continuação das promessas de Trump durante sua campanha presidencial, que incluiu a assinatura de ordens executivas para restringir a imigração logo no primeiro dia de sua presidência. Além disso, a aprovação de uma lei no Senado, que obriga a detenção de imigrantes ilegais suspeitos de crimes, reforça o endurecimento das políticas de imigração adotadas pelo governo. No entanto, a operação gerou controvérsias em diversas regiões, com relatos de agentes de imigração causando confusão em estabelecimentos locais e detendo cidadãos sem mandados.
Simultaneamente à ofensiva contra a imigração, uma ordem executiva de Trump que visava negar a cidadania americana aos filhos de imigrantes ilegais foi temporariamente bloqueada por um juiz federal. A medida, que reverteria um direito garantido pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA, foi considerada inconstitucional. A decisão judicial, proferida pelo juiz John Coughenour, adiou a implementação da ordem por 14 dias, permitindo mais tempo para apresentações de argumentos de ambas as partes. O Departamento de Justiça, liderado por Brett Shumate, já se manifestou dizendo estar preparado para defender a legalidade da medida.
A questão da cidadania, especialmente no que se refere aos filhos de imigrantes ilegais nascidos em solo americano, gerou uma série de contestações judiciais em todo o país. Vinte e dois estados, junto com grupos de defesa dos direitos dos imigrantes, entraram com ações legais contra a ordem de Trump. Para o procurador-geral de Washington, Nick Brown, a cidadania das crianças nascidas nos Estados Unidos deve ser garantida, destacando que a lei em vigor há várias gerações não pode ser ignorada. A decisão final sobre a constitucionalidade da medida será tomada em 6 de fevereiro.
Seja o primeiro a comentar