População da China encolhe pelo terceiro ano seguido, acendendo alerta demográfico

A China registrou, em 2024, o terceiro ano consecutivo de queda populacional, segundo dados divulgados pelo governo. Com 1,408 bilhão de habitantes no final do ano, o país contabilizou uma redução de 1,39 milhão de pessoas em relação ao período anterior. A retração, que reflete tendências observadas em outras nações do Leste Asiático, como Japão e Coreia do Sul, é atribuída ao aumento do custo de vida e à priorização de estudos e carreiras pelos jovens, resultando em adiamentos ou desistências de casamento e filhos.

A situação preocupa o governo chinês, especialmente diante do envelhecimento acelerado da população e da drástica queda na taxa de natalidade. Atualmente, 22% dos chineses têm 60 anos ou mais, e a expectativa é que essa faixa etária ultrapasse 30% até 2035. O desequilíbrio de gêneros — com 104,34 homens para cada 100 mulheres — e o sistema de segurança social subfinanciado intensificam o desafio, que já provoca impactos como a transformação de escolas e creches em centros de cuidados para idosos.

Com a Índia assumindo o posto de país mais populoso do mundo em 2023, a China enfrenta uma crise estrutural que afeta sua força de trabalho, mercados de consumo e estabilidade econômica. Sem políticas migratórias expressivas e diante do aumento das despesas militares e de infraestrutura, o país caminha para repensar estratégias, incluindo possíveis mudanças na idade de aposentadoria, uma das mais baixas do mundo.

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