O dólar comercial encerrou essa última sexta, 10, cotado a R$ 6,102, com alta de 1%, pressionado pelo relatório de emprego nos Estados Unidos, que apontou a criação de 256 mil vagas em dezembro, acima das expectativas. O dado reduz as chances de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve no primeiro semestre de 2024, tornando os títulos norte-americanos mais atrativos e provocando fuga de capitais de mercados emergentes, como o Brasil.
A turbulência nos mercados também atingiu a bolsa de valores brasileira. O índice Ibovespa, principal termômetro da B3, recuou 0,77% e fechou aos 118.856 pontos, o menor nível desde o início de janeiro. No cenário interno, a inflação oficial de 2024, medida pelo IPCA, atingiu 4,83%, acima do teto da meta de 4,5%, mas teve pouco impacto nas negociações.
Apesar da alta do dólar nessa sexta, a moeda norte-americana acumulou queda semanal de 1,29%, influenciada por sinais de que o governo do presidente eleito Donald Trump poderá adotar uma política comercial menos protecionista. No entanto, a divulgação do dado de empregos nos Estados Unidos inverteu o movimento e gerou instabilidade no mercado global.
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