As autoridades israelenses ordenaram no domingo, 22, o fechamento do Hospital Kamal Adwan, um dos últimos ainda em funcionamento no norte de Gaza. Sem ambulâncias suficientes, profissionais de saúde enfrentam dificuldades para transportar centenas de pacientes em meio a bombardeios intensos. Segundo Husam Abu Safiya, chefe da unidade, o hospital está sob ataques diretos, com risco de explosões fatais caso os tanques de combustível sejam atingidos.
Israel afirma ter enviado combustível e alimentos ao hospital na última sexta, 20, e auxiliado na retirada de mais de 100 pacientes e cuidadores, mas os esforços não foram suficientes para aliviar a crise. O Ministério da Saúde de Gaza alertou que os hospitais da região operam no limite, com superlotação e condições precárias. Desde outubro, ataques intensos têm atingido comunidades no norte da Faixa de Gaza, com alegações israelenses de combate ao Hamas, enquanto palestinos acusam a tentativa de despovoar a área.
Nesta segunda, 23, novos bombardeios atingiram o campo de refugiados de al-Nuseirat, no centro de Gaza, deixando pelo menos quatro mortos, segundo a Al Jazeera. Dados oficiais apontam que mais de 45 mil palestinos morreram desde o início do conflito em outubro, com mais de 107 mil feridos, refletindo o impacto devastador da guerra na população civil.
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