Segunda parcela do 13º pode ser a chave para os brasileiros passar um 2025 no azul

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o décimo terceiro salário terá a segunda parcela depositada até esta sexta, 20, para os trabalhadores com carteira assinada. Conforme a legislação, o prazo para o pagamento da primeira parcela terminou em 29 de novembro.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário extra injetará R$ 321,4 bilhões na economia neste ano, com uma média de R$ 3.096,78 por trabalhador, somando as duas parcelas. Contudo, essas datas são válidas apenas para os trabalhadores na ativa. Para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o décimo terceiro foi antecipado: a primeira parcela foi paga entre abril e maio, e a segunda, entre maio e junho.

Com o pagamento da segunda parcela do benefício, muitos brasileiros veem uma chance de reorganizar suas finanças e começar 2025 com mais segurança. Para quem está endividado, o planejamento no uso desse recurso pode fazer a diferença.

Segundo Luís Guilherme Lima, advogado especialista em direito bancário, o décimo terceiro deve ser usado de forma estratégica. “Esse recurso extra é uma chance de aliviar dívidas ou até construir uma reserva financeira. O segredo é evitar compras impulsivas e focar em resolver pendências prioritárias”, orienta o especialista.

O especialista também sugere priorizar o pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, que devem ser quitadas ou, ao menos, reduzidas. Outra alternativa é usar o valor como entrada em renegociações, aproveitando condições especiais que os credores costumam oferecer no final do ano.

Além disso, o especialista recomenda reservar parte do décimo terceiro para despesas fixas de janeiro, como IPVA, IPTU e material escolar. “Separar uma parte do 13º para essas contas pode evitar dores de cabeça nos primeiros meses de 2025”, alerta.

Para equilibrar as celebrações de fim de ano com o orçamento, Luís Guilherme sugere trocas de presentes mais simbólicas, festas em casa e um limite claro para os gastos. “O controle financeiro começa com planejamento e escolhas conscientes. Antes de gastar, faça uma lista e defina um teto para as despesas”, aconselha.

Se as dívidas já estão fora de controle, o advogado destaca a importância de buscar apoio jurídico e lembra que a Lei do Superendividamento (14.181/2021) pode ajudar na renegociação coletiva com credores. “Essa legislação garante que o consumidor mantenha o essencial para o sustento enquanto negocia um plano de pagamento viável”, explica Luís Guilherme.

Com planejamento e uso consciente do décimo terceiro, é possível transformar esse recurso em um ponto de partida para reorganizar as finanças e começar o novo ano com mais tranquilidade. “Identificar erros e adotar práticas saudáveis com o dinheiro pode transformar 2025 em uma fase de crescimento e estabilidade financeira”, conclui o especialista.

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