Homens armados atacaram e incendiaram o Hospital Bernard Mevs, em Porto Príncipe, na noite dessa última segunda, 17. O ataque destruiu quatro salas de cirurgia e equipamentos de laboratório, conforme relatou o diretor da unidade, que preferiu não ser identificado. O hospital já havia sido esvaziado após ameaças de um líder de gangue local, o que evitou ferimentos em pacientes ou funcionários.
O governo interino do Haiti condenou o ataque em comunicado, prometendo recursos para reativar a unidade e reforçar a segurança com a presença policial. A violência no país, intensificada pelo domínio de gangues, tem agravado a crise no sistema de saúde, descrito pela ONU como “quase em colapso”. No mês passado, a organização Médicos Sem Fronteiras chegou a suspender temporariamente operações no país devido a ataques e ameaças, retomando parcialmente os serviços na última semana.
Porto Príncipe enfrenta um aumento descontrolado da violência, com gangues armadas praticando assassinatos, sequestros e outras ações que intensificam a instabilidade no país. O governo haitiano, fragilizado por disputas políticas, luta para conter a situação, enquanto a população enfrenta crescentes dificuldades de acesso a serviços básicos e segurança.
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