Um oficial de alto escalão do Exército russo, Igor Kirillov, morreu nesta terça, 17, em uma explosão provocada por um dispositivo colocado em uma motocicleta próxima a um edifício residencial no sudeste de Moscou. O Comitê de Investigação russo confirmou que a detonação foi feita remotamente e também vitimou o assistente do militar. Posteriormente, os serviços de segurança da Ucrânia (SBU) assumiram a responsabilidade pelo ataque, qualificando-o como uma “operação especial”.
O tenente-general Igor Kirillov era chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química (NBC) da Rússia e havia sido acusado pelo SBU de supervisionar o uso de armas químicas proibidas na Ucrânia. O Reino Unido, em outubro, já havia imposto sanções ao militar, classificando-o como um porta-voz da desinformação russa e envolvido no uso de armas químicas. Moscou nega as acusações. Após a explosão, as autoridades russas abriram uma investigação criminal e reforçaram a segurança na região.
A morte de Kirillov é considerada a perda mais significativa para o alto comando militar russo desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou a morte do general, enquanto o vice-presidente do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu punição “sem piedade” aos responsáveis.
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