A Rússia realizou nessa última sexta, 12, um dos maiores ataques à infraestrutura energética ucraniana desde o início da invasão, segundo o presidente Volodymyr Zelenskiy. O ataque aéreo massivo atingiu diversas regiões, danificando instalações de energia e provocando cortes prolongados de eletricidade para milhões de pessoas em meio ao inverno rigoroso, com temperaturas de -6°C. A operadora da rede elétrica nacional alertou que as interrupções no fornecimento foram ampliadas, com áreas fora de Kiev enfrentando até 11 horas de corte de energia.
As forças russas lançaram 93 mísseis, incluindo um modelo fabricado na Coreia do Norte, e quase 200 drones, dos quais 81 mísseis foram interceptados pelas defesas aéreas, relatou Zelenskiy. Autoridades locais confirmaram danos severos em seis instalações na região de Lviv e prejuízos a subestações e usinas termelétricas, enquanto cinco dos nove reatores nucleares em operação no país reduziram sua capacidade. Moscou justificou o ataque como uma retaliação ao uso de mísseis ATACMS pela Ucrânia, fornecidos pelos EUA, contra um campo de aviação militar russo.
Zelenskiy criticou os ataques como parte da estratégia russa de intimidação, pedindo uma resposta mais enérgica da comunidade internacional e o envio urgente de sistemas avançados de defesa aérea. “Este é o plano de ‘paz’ de Putin: destruir tudo. Precisamos de força que leve à paz”, afirmou. O Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia reiterou a necessidade de sistemas como NASAMS e IRIS-T para reforçar a defesa do país.
O ataque ocorre em um momento crítico para a Ucrânia, que enfrenta avanços russos na região de Donbas e expectativa de mudanças no cenário internacional com a possível volta de Donald Trump ao poder nos EUA. O presidente ucraniano reforçou a importância do apoio ocidental para fortalecer sua posição antes de qualquer negociação de paz, destacando que a mera conversa não será suficiente para deter o Kremlin.
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