Israel avança sobre a Síria após queda de Assad, violando acordo de 1974

As Forças de Defesa de Israel (FDI) avançaram sobre o território da Síria após a queda do governo de Bashar al-Assad, no último domingo, 8, consequência de uma ofensiva de grupos insurgentes apoiados por potências estrangeiras. A ação violou o Acordo de Desengajamento de 1974, que estabelece a área de separação entre as tropas israelenses e sírias, conforme comunicado da ONU. Desde a queda de Assad, o Exército israelense realizou mais de 300 ataques aéreos contra infraestruturas militares sírias, visando principalmente as forças navais e aéreas.

Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu informou que as FDI foram instruídas a ocupar uma zona tampão entre as Colinas de Golã e o restante do território sírio, incluindo o Monte Hermon, uma área estratégica entre as fronteiras de Israel, Síria e Líbano. Israel justificou sua ocupação temporária da região, argumentando que a ação visa garantir sua segurança e não interfere nos assuntos internos da Síria. Contudo, a ONU considera a ocupação uma violação do Acordo de Desengajamento de 1974, que proíbe atividades militares na área de separação.

A situação nas Colinas de Golã tem sido um ponto de tensão desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel ocupou o território sírio. Apesar da Resolução 242 da ONU exigir a devolução das Colinas à Síria, Israel manteve o controle da região, que é considerada estratégica pela sua posição geográfica e recursos hídricos. Em 1981, Israel anexou unilateralmente a área, um ato considerado ilegal pela ONU. O controle das Colinas é visto por Israel como essencial para sua segurança, um argumento reforçado por Netanyahu em comemoração à queda de Assad, que enfraqueceu o Eixo da Resistência, composto por Irã e Hezbollah.

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