Em um dia de volatilidade nos mercados financeiros, o dólar comercial fechou essa última segunda, 9, em alta moderada, atingindo R$ 6,082, o maior valor desde o início do Plano Real. Após começar o dia em queda, chegando a R$ 6,04, a moeda americana se valorizou diante de um cenário de incertezas internas e externas, agravado pela piora do quadro no mercado internacional. A alta do dólar ocorre em um contexto de crescente aversão ao risco, com a recuperação das taxas de juros nos Estados Unidos e a incerteza política no Brasil, especialmente em relação ao pacote fiscal em tramitação no Congresso.
O mercado de ações, por outro lado, teve um desempenho positivo. O índice Ibovespa, da B3, subiu 1%, superando novamente os 127 mil pontos, impulsionado por estímulos econômicos da China, que anunciava novas medidas para conter sua desaceleração econômica. O país asiático, principal comprador de commodities brasileiras, favoreceu a valorização das ações de petroleiras e mineradoras, que foram os papéis mais negociados. A expectativa de aquecimento da demanda por produtos como minério de ferro e soja ajudou a fortalecer os ativos desses setores na bolsa.
Entretanto, o cenário político interno também impactou o dia financeiro. A aprovação de medidas que restringem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), parte do pacote fiscal do governo, continua a gerar tensões. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu com deputados do PT para tentar resolver as divergências, enquanto o partido criticava as propostas da equipe econômica. A incerteza sobre a aprovação de reformas fiscais e a condução da política fiscal seguem sendo fatores que pesam sobre o humor dos investidores no Brasil.
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