O ano de 2024 está confirmado como o mais quente desde o início dos registros, com temperaturas médias globais ultrapassando pela primeira vez 1,5°C acima do período pré-industrial (1850-1900), segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. O clima extremo marcou o ano, com enchentes mortais, ondas de calor severas e ciclones devastadores em várias partes do mundo. Esses desastres, conforme estudos, estão diretamente relacionados às mudanças climáticas causadas pelas emissões humanas de CO2.
Apesar das promessas de governos para zerar emissões, os níveis globais de dióxido de carbono devem atingir um recorde em 2024, ressaltando a urgência de ações mais efetivas. Cientistas monitoram agora a possibilidade de formação do padrão climático La Niña em 2025, que poderia resfriar temporariamente as temperaturas globais, mas sem reverter a tendência de longo prazo do aquecimento. Friederike Otto, especialista do Imperial College, alerta que mesmo com uma leve queda nas temperaturas, os riscos climáticos continuarão altos.
Os dados do C3S reforçam que a crise climática exige medidas imediatas e sustentáveis. Enquanto negociações climáticas recentes da ONU resultaram em um acordo de US$ 300 bilhões para mitigar os impactos, países em desenvolvimento criticaram a medida como insuficiente para lidar com os custos crescentes de desastres relacionados ao clima. A comunidade científica segue em alerta, destacando a necessidade de reduzir as emissões para conter o agravamento do aquecimento global.
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