
Forças israelenses invadiram, nesta sexta, 6, o Hospital Kamal Adwan, localizado em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza. O diretor da unidade, Hussam Abu Safiya, relatou que os militares israelenses expulsaram funcionários e pessoas deslocadas do local, antes de se retirarem após várias horas. Durante a operação, o hospital foi alvo de bombardeios aéreos intensos, que afetaram as áreas oeste e norte, seguidos de tiroteios. Externamente, corpos de vítimas de ataques aéreos estavam espalhados pelas ruas próximas.
De acordo com o diretor, os militares ordenaram que todos dentro do hospital, incluindo pacientes e funcionários, se dirigissem para o pátio. Posteriormente, permitiram que retornassem, com exceção de alguns membros da equipe, incluindo cirurgiões indonésios, e de pessoas deslocadas, que foram instruídas a deixar o local. Abu Safiya descreveu a situação como “catastrófica”, com um número elevado de mortos e feridos, e a falta de cirurgiões para atender os pacientes críticos.
Em um pedido de socorro, o Ministério da Saúde de Gaza acusou os militares israelenses de cometerem crimes de guerra durante a operação, mencionando ataques a civis e ao hospital. O ministério destacou que a situação em hospitais da região é dramática, com unidades operando precariamente após meses de bombardeios e bloqueios, e um grande número de feridos necessitando de cuidados médicos urgentes. Até o momento, as forças israelenses não se pronunciaram sobre o incidente.
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