Em um dia marcado por grande volatilidade, o dólar superou pela primeira vez a barreira dos R$ 6 nessa última sexta, 29, refletindo o impacto do pacote fiscal anunciado pelo governo na última quinta, 28. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,001, com uma alta de 0,19%, após alcançar R$ 6,11 pela manhã. Esse aumento, que representa uma valorização de 3,21% na semana e 3,8% no mês, ocorre em um contexto de incerteza sobre as novas medidas fiscais, como o corte de gastos e a elevação do limite de isenção do Imposto de Renda.
O mercado de ações, por sua vez, reagiu positivamente após um início de dia em queda. O índice Ibovespa, que chegou a recuar 0,53% pela manhã, fechou em alta de 0,85%, aos 125.668 pontos. Apesar do bom desempenho nesta sexta-feira, a bolsa acumulou perdas de 2,46% na semana e 2,9% no mês, refletindo o clima de apreensão com as perspectivas fiscais do país. A falta de intervenção do Banco Central no câmbio também gerou especulações sobre a pressão sobre o real.
A oscilação do câmbio foi moderada após declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pacheco indicou que a elevação da isenção do Imposto de Renda dependeria da situação fiscal do país, o que ajudou a reduzir a tensão nos mercados. Haddad, por sua vez, afirmou que o governo está disposto a revisar as medidas do pacote fiscal, caso necessário, o que trouxe alguma confiança aos investidores.
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