Na madrugada desta quarta, 27, entrou em vigor o cessar-fogo no Líbano entre o grupo xiita Hezbollah e Israel. Milhares de libaneses começaram a retornar às suas casas no Sul do país, mesmo diante do alerta das Forças de Defesa de Israel (IDF) para que aguardassem garantias de segurança antes do regresso. Filas de carros foram registradas na estrada que liga Beirute às áreas mais afetadas pelo conflito.
O acordo de trégua, mediado por Estados Unidos e França, prevê a retirada completa das forças israelenses do território libanês em até 60 dias. Paralelamente, o Hezbollah se comprometeu a deslocar suas forças para o norte do rio Litani, liberando uma área que será patrulhada pelo exército libanês e pelas Nações Unidas. O Exército do Líbano deve enviar 5 mil soldados à região, fortalecendo a segurança local.
Líderes de ambos os lados reagiram ao cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a trégua permitirá concentrar esforços na Faixa de Gaza e na “ameaça iraniana”, ressaltando que ações militares serão retomadas caso o Hezbollah viole os termos do acordo. Já o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, celebrou o pacto como um passo crucial para a estabilidade do país, pedindo que Israel cumpra integralmente as cláusulas estabelecidas.
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