O ano de 2024 registra um número recorde de mortes de trabalhadores humanitários, com 281 vítimas até o momento, superando o número de 280 mortes registradas em 2023. Os dados, divulgados pelo escritório humanitário da ONU nessa última sexta, 22, revelam que o conflito mais mortal para os trabalhadores humanitários ocorre em Gaza, onde 178 pessoas perderam a vida. A tragédia é intensificada pela crescente violência e pela dificuldade de acesso às vítimas, com os funcionários locais sendo os mais afetados.
O relatório aponta que, além de Gaza, o Sudão também foi palco de incidentes fatais, com 25 mortes de humanitários. Segundo Jens Laerke, porta-voz da ONU, a situação é alarmante, destacando a missão humanitária como um trabalho de extrema importância, que, em vez de ser protegido, está sendo alvo de violência. Laerke questionou a lógica por trás desses ataques, reforçando que esses profissionais desempenham uma função essencial de ajuda e proteção.
A ONU condenou a violência e reiterou que os trabalhadores humanitários devem ser protegidos conforme a lei internacional. Tom Fletcher, chefe de ajuda da ONU, pediu uma ação urgente dos Estados e partes em conflito para garantir a segurança dos humanitários, processar os responsáveis pelos ataques e pôr fim à impunidade que tem marcado o contexto atual.
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