A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) confirmou, nesta quinta, 14, que encontrou mais artefatos explosivos no local onde Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, estava hospedado há três meses, em Ceilândia, região administrativa a cerca de 30 quilômetros de Brasília. O homem, natural de Rio do Sul (SC), morreu na noite dessa última quarta, 13, após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes, em um ataque realizado por volta das 19h30. A PM, com apoio do esquadrão antibombas, fez varreduras durante a madrugada e localizou mais três dispositivos, que foram desativados.
Durante a operação, a PM também vistoriou os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, além de seguir com as buscas no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde o carro de Francisco estava estacionado. O veículo, que também explodiu na noite de ontem, teve seus explosivos removidos de forma controlada. O local em Ceilândia, onde Francisco foi encontrado, foi liberado para perícia às 7h, e seu corpo retirado às 9h.
A Polícia Federal (PF) assumiu a investigação do caso e abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do ataque. O trabalho da PF seguirá a metodologia utilizada na investigação dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que também afetaram os prédios do Três Poderes. Os peritos criminais usarão tecnologias avançadas, como ferramentas 3D, para reconstruir a dinâmica das explosões e analisar as evidências encontradas nas cenas.
Imagens das câmeras de segurança do STF revelam que Francisco atirou artefatos explosivos em direção à escultura “A Justiça”, em frente ao prédio da Corte, antes de acender um dispositivo em seu próprio corpo. O som das explosões foi ouvido no plenário do STF, o que resultou na retirada dos ministros da Corte para segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava no Palácio do Planalto, não se encontrava no local no momento do ataque, tendo saído por volta das 17h30.
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