Trump planeja Departamento de Justiça leal para reforçar agenda política e endurecer deportações

Enquanto o ex-presidente Donald Trump acelera a formação de seu novo gabinete, uma das escolhas mais observadas é a do próximo procurador-geral dos Estados Unidos. O futuro chefe do Departamento de Justiça (DoJ) será fundamental para implementar a agenda de Trump, que inclui a intensificação das deportações em massa, o perdão aos envolvidos nos protestos de 6 de janeiro e possíveis ações contra adversários políticos. Durante seu primeiro mandato, Trump se irritou com a atuação dos ex-procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr, que, segundo ele, não demonstraram a lealdade necessária, permitindo investigações e rejeitando alegações infundadas de fraude nas eleições de 2020.

Na transição atual, a equipe de Trump está empenhada em estruturar um Departamento de Justiça leal à sua visão. Mark Paoletta, advogado conservador e líder do planejamento da equipe de transição, já orientou que os funcionários do departamento estejam prontos para apoiar integralmente as políticas de Trump, sob pena de perderem seus cargos. A nomeação do próximo procurador-geral, que segundo o vice-presidente eleito JD Vance é a escolha mais estratégica após a do próprio presidente, deverá ditar o ritmo de aplicação das prioridades de Trump.

Entre as mudanças planejadas, o Departamento de Justiça deve focar em fiscalizações mais rigorosas contra a imigração ilegal, priorizando o uso de recursos para esses casos. Cidades interessadas nos subsídios federais de justiça, que somam mais de US$ 291 milhões, provavelmente precisarão cooperar com a fiscalização de imigração para garantir o recebimento dos fundos. A Divisão de Direitos Civis também deve ser redirecionada, passando a concentrar-se na defesa da liberdade religiosa e em contestações legais contra programas de diversidade, equidade e inclusão, reduzindo o foco nas responsabilidades de policiamento.

Especialistas alertam que essas mudanças podem comprometer a independência do Ministério Público, uma norma consagrada desde o escândalo Watergate e a renúncia do então presidente Richard Nixon.

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