A Exposição Astrofísica dos Corpos Negros foi aberta ao público nesta quarta, 13, no Planetário de Brasília, com entrada gratuita. O projeto visa aproximar o público de temas complexos da astrofísica, como estrelas luminosas, raios cósmicos e nebulosas planetárias, de uma maneira lúdica e acessível. O nome da exposição também carrega uma reflexão importante sobre a representatividade de pessoas negras na ciência, destacando o trabalho de astrofísicos negros e a necessidade de modelos inspiradores para jovens que não se veem representados nesse campo.
A coordenadora da exposição, Eliade Ferreira Lima, professora e astrofísica, ressaltou a importância do projeto para incentivar principalmente crianças negras, da periferia e de escolas públicas, a se enxergarem como cientistas. “Queremos que elas sonhem com a possibilidade de descobrir o céu também, principalmente aquelas que não têm muitos modelos de cientistas negros”, afirmou Lima. A exposição oferece uma experiência enriquecedora, além de sua versão física, com um site interativo que disponibiliza vídeos imersivos em 360º e animações.
O projeto foi ilustrado pelo artista Camilo Martins, com a colaboração dos pesquisadores Oscar dos Santos Borba e Liandra Ramos, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), e Alan Alves Brito, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de Rita de Cassia dos Anjos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A exposição visa também criar um espaço de reflexão sobre a falta de diversidade racial no mundo científico.
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a exposição busca não apenas divulgar a ciência, mas também ampliar as oportunidades para jovens de diferentes origens acessarem e se interessarem por áreas como a astrofísica.
Seja o primeiro a comentar