A Polícia Federal indiciou o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), por utilizar um documento falso com o objetivo de prejudicar seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) durante as eleições municipais deste ano. O laudo falso, que afirmava que Boulos havia recebido atendimento por uso de drogas ilícitas, foi divulgado por Marçal em suas redes sociais dois dias antes do primeiro turno da eleição. A divulgação do documento gerou repercussão e reforçou ataques pessoais de Marçal contra Boulos, que também foram feitos em um debate televisivo, no qual o influenciador digital simulou o ato de cheirar cocaína ao se referir a seu oponente.
Em resposta ao indiciamento, Marçal criticou a rapidez da investigação e sugeriu que ela foi parte de uma estratégia para prejudicar candidatos da direita. “É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápido”, afirmou Marçal em nota. O candidato também expressou confiança na Justiça, dizendo que, em breve, será declarado inocente.
Guilherme Boulos, por sua vez, se manifestou sobre o caso, destacando que o indiciamento de Marçal representa “só a primeira resposta às fake news abjetas” que marcaram a disputa eleitoral. Boulos também aproveitou a ocasião para criticar o uso da máquina pública por outros envolvidos nas eleições, incluindo o governador Tarcísio de Freitas, que em campanha apoiou o candidato Ricardo Nunes (MDB) e associou Boulos ao crime organizado, dizendo que ele teria ligação com a facção criminosa PCC.
O primeiro turno das eleições em São Paulo foi marcado por uma disputa acirrada entre os três principais candidatos, com Ricardo Nunes recebendo 29,48% dos votos válidos, Boulos alcançando 29,07% e Marçal ficando com 28,14%, conforme o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
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