Em meio a intensas movimentações políticas, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou nesta terça, 29, seu apoio oficial ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a sucessão à presidência da Casa. A eleição para o comando da Câmara está marcada para fevereiro de 2025, e Motta deve disputar o cargo com os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA), que já firmaram uma aliança de apoio mútuo para o segundo turno.
Durante o anúncio, realizado na sede nacional do Republicanos em Brasília, Lira enfatizou a importância da continuidade de uma gestão pautada pelo diálogo e pela busca por convergência, marca registrada de seu trabalho nos últimos dois anos. “A Câmara dos Deputados é um reflexo da sociedade e é nela que devem ser livremente debatidas todas as matérias tidas como relevantes. Nada deve ser obstado”, afirmou.
Para Lira, o apoio a Motta surge da confiança no perfil conciliador e na capacidade do candidato de unir interesses distintos dentro da Casa. “Estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”, declarou o presidente da Câmara.
A candidatura de Motta foi oficializada na presença de líderes do Republicanos, como Marcos Pereira (SP), presidente do partido e vice-presidente da Câmara. Com 44 parlamentares, a sigla integra o segundo maior bloco da Casa, ao lado de PSD, MDB e Podemos, totalizando 147 deputados.
Além disso, Lira relembrou as conquistas de sua gestão, destacando a aprovação de reformas estruturais e a criação de uma Comissão Especial para discutir a Lei da Anistia. Ele ainda ressaltou que sua decisão de apoiar Motta é um gesto para fortalecer a governabilidade. “Sem convergência, não há governabilidade. E sem governabilidade, sofre o país. Sofre a população.”
A decisão de Lira, vista como influente no cenário político, coloca Motta em uma posição forte na corrida pela presidência da Câmara. Para ser eleito presidente da Câmara, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno.
Enquanto isso, os outros dois candidatos, Elmar Nascimento e Antonio Brito, buscam apoio estratégico e a disputa promete ser acirrada, com cada candidato buscando alianças estratégicas e o apoio de blocos relevantes, incluindo a possível adesão do PT, que ainda não se posicionou oficialmente. O PSD acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apoiar Brito, enquanto o PT ainda não indicou oficialmente seu apoio, uma decisão que pode influenciar o equilíbrio entre as candidaturas.
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