O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, defendeu nesta quinta, 24, a destinação de parte dos recursos obtidos com a possível taxação de grandes fortunas para financiar ações de proteção e defesa civil. Segundo o ministro, o objetivo é reduzir as desigualdades sociais, especialmente para a população mais vulnerável aos efeitos de eventos climáticos extremos. Góes destacou que aqueles em maior risco geralmente vivem em áreas que carecem de políticas públicas de apoio e infraestrutura adequada.
O tema está sendo discutido no âmbito do G20, onde o Brasil tem liderado esforços para reduzir a desigualdade global. Góes, que coordena o Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20, afirmou que a proposta será novamente debatida no próximo encontro do grupo, previsto para ocorrer em Belém, no final de novembro.
Além da proposta de taxação, o ministro anunciou que o governo está desenvolvendo ações voltadas para a redução de desigualdades, como a oferta de microcrédito para a agricultura familiar nas regiões Norte e Centro-Oeste. Para este ano, estão previstos R$ 300 milhões em repasses, com recursos dos fundos constitucionais dessas regiões. A nova política permitirá que além do agricultor, a esposa e o filho também possam acessar crédito, ampliando as possibilidades de financiamento.
Por fim, Waldez Góes informou que o governo iniciará em novembro os testes do Sistema de Alerta Precoce para as regiões Sul e Sudeste. As salas de situação, criadas para monitorar enchentes no Rio Grande do Sul, estiagem e queimadas na Amazônia e Pantanal, seguem ativas, fortalecendo as ações de defesa civil em áreas de risco.
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