Pelo menos 19 palestinos, incluindo crianças, morreram nesta quinta, 17, após um ataque israelense atingir uma escola em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. A escola abrigava pessoas deslocadas devido ao conflito, conforme informou uma autoridade do Ministério da Saúde de Gaza à Reuters. Dezenas de pessoas ficaram feridas no ataque, e a falta de água no local dificultou o combate ao incêndio causado pela explosão, disse Medhat Abbas, representante do ministério.
A escalada de violência ocorre em meio ao aumento das tensões entre Israel e o Irã. O comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, advertiu Israel sobre possíveis retaliações, após Israel intensificar seus ataques ao Hezbollah, grupo apoiado por Teerã no Líbano. Salami afirmou que o Irã está preparado para atacar “dolorosamente” qualquer ponto em Israel caso haja agressões à República Islâmica. O temor de um conflito regional mais amplo cresce com a possibilidade de uma resposta israelense a um ataque iraniano ocorrido no início de outubro.
Enquanto isso, os Estados Unidos se mantêm ativos nas negociações diplomáticas. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sobre as operações militares em Gaza e no Líbano, buscando evitar uma guerra em maior escala no Oriente Médio. Porém, Israel continua a atacar posições do Hezbollah e do Hamas, sem sinais de reduzir suas ações militares na região.
Além dos ataques aéreos em Gaza, Israel intensificou as operações no Líbano, onde afirmou ter matado 45 combatentes do Hezbollah nas últimas 24 horas. O conflito já causou a morte de mais de 2.350 pessoas no Líbano no último ano e deslocou mais de 1,2 milhão de civis. Em contrapartida, cerca de 50 israelenses, incluindo soldados e civis, morreram no mesmo período.
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