Mais de 700 mil crianças vivem atualmente em condições extremas na Faixa de Gaza, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta sexta, 11. Segundo o porta-voz Jonathan Crickx, essas crianças estão abrigadas em tendas ou acampamentos sem acesso adequado a água, comida, escola ou cuidados médicos. A situação já era crítica, mas piorou consideravelmente nos últimos meses devido ao agravamento do conflito.
De acordo com Crickx, além das 11 mil crianças mortas no primeiro ano do conflito, muitas estão feridas e sem acesso a tratamento médico adequado. A falta de infraestrutura na região, onde grande parte das pessoas vive em áreas densamente povoadas, sem saneamento básico, aumenta o risco de surtos de doenças, como diarreia crônica, hepatite A e poliomielite.
O Unicef destacou ainda que mais de 85% das escolas em Gaza foram danificadas ou destruídas, deixando as crianças com um grande déficit educacional. Em resposta, a organização criou espaços de aprendizagem temporários em acampamentos, onde as crianças recebem aulas básicas. No entanto, o número de vagas é insuficiente para atender à demanda crescente.
Além das necessidades básicas, as crianças em Gaza também sofrem com o trauma psicológico causado pela violência e destruição. O Unicef tem prestado apoio à saúde mental das crianças, mas reforça que a única solução eficaz para aliviar o sofrimento é um cessar-fogo. Enquanto isso não acontece, a organização pede pausas humanitárias para que a ajuda chegue àqueles que mais precisam.
Seja o primeiro a comentar