Israel rejeita cessar-fogo com Hezbollah e intensifica ataques no Líbano

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, rejeitou a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah nesta quinta, 26, após apelos dos Estados Unidos e da França por uma trégua de 21 dias. Os combates entre Israel e o grupo libanês apoiado pelo Irã já deixaram centenas de mortos no Líbano, elevando os temores de uma invasão terrestre israelense. Katz afirmou que Israel continuará lutando contra o Hezbollah até garantir a segurança dos moradores do norte do país.

A rejeição ao cessar-fogo frustrou esperanças de uma trégua rápida, especialmente após o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, expressar otimismo de que um acordo pudesse ser alcançado em breve. Os confrontos entre Israel e o Hezbollah são os mais intensos em quase duas décadas, exacerbando a tensão na fronteira entre os dois países. O Hezbollah, criado em 1982 pela Guarda Revolucionária do Irã, é hoje o mais poderoso representante de Teerã no Oriente Médio.

Durante a noite, ataques aéreos israelenses atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Vale de Bekaa e no sul do Líbano, incluindo depósitos de armas e lançadores de mísseis. Além disso, pelo menos 23 civis sírios, a maioria mulheres e crianças, foram mortos em um bombardeio em Younine, no Líbano, segundo autoridades locais. O Líbano abriga cerca de 1,5 milhão de refugiados sírios que fugiram da guerra civil em seu país.

O Hezbollah também lançou 45 projéteis contra a Galileia Ocidental, no norte de Israel, parte dos quais foi interceptada pelo sistema de defesa israelense. A escalada dos conflitos levou a preocupações regionais, com países como a Turquia planejando a possível retirada de seus cidadãos e estrangeiros residentes no Líbano.

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