A Ucrânia decidiu proibir o uso do aplicativo de mensagens Telegram em dispositivos oficiais de autoridades estatais, militares e trabalhadores essenciais, devido a preocupações de que a Rússia possa espionar usuários e mensagens. A medida, anunciada pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa nesta sexta, 20, foi baseada em evidências apresentadas pelo chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, que indicam que os serviços de segurança russos têm a capacidade de acessar informações da plataforma.
As restrições se aplicam exclusivamente a dispositivos oficiais, conforme esclarecido por Andriy Kovalenko, chefe do centro de combate à desinformação do conselho de segurança. Embora o Telegram seja amplamente utilizado na Ucrânia e na Rússia e tenha se tornado uma fonte crucial de informações desde a invasão russa em fevereiro de 2022, as autoridades ucranianas já expressaram preocupações reiteradas sobre sua segurança durante o conflito.
A plataforma, fundada pelo russo Pavel Durov e atualmente com sede em Dubai, enfrenta um novo escrutínio após Durov ser preso na França por uma investigação relacionada a crimes graves no Telegram. Budanov enfatizou que a questão em torno do uso do aplicativo transcende a liberdade de expressão, sendo essencial para a segurança nacional da Ucrânia, um aspecto cada vez mais crítico no contexto da guerra em curso.
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