Copom decide nesta quarta-feira se mantém ou eleva a taxa Selic em meio à alta do dólar

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta, 17, para decidir se mantém ou eleva a taxa básica de juros, a Selic. A recente alta do dólar e os impactos da seca sobre os preços de energia e alimentos geram incertezas quanto à possibilidade de elevação dos juros, o que não ocorre desde agosto de 2022. Analistas do mercado financeiro, consultados no boletim Focus, indicam uma possível alta de 0,25 ponto percentual, levando a taxa para 11,25% ao ano.

Na última reunião, em julho, o Copom enfatizou que o cenário econômico atual exige cautela, tanto no Brasil quanto no exterior. A inflação voltou a preocupar, com a projeção para 2024 subindo para 4,35%, perto do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3%. Apesar de uma leve deflação de 0,02% no IPCA em agosto, o alívio foi temporário, e novos aumentos nos preços são esperados, especialmente devido à seca prolongada que impacta os alimentos e a energia.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Quando a taxa sobe, o crédito se encarece, desestimulando o consumo e controlando a alta de preços. Por outro lado, juros elevados também podem frear o crescimento econômico. O Copom deve ponderar entre o controle da inflação e a necessidade de estimular a economia, especialmente em um cenário de inflação pressionada e dificuldades no abastecimento de alimentos.

O resultado da reunião será anunciado ao fim desta quarta-feira. A expectativa é grande, pois, além da Selic, outros fatores como a seca e a valorização do dólar vêm desafiando o controle da inflação. O próximo relatório do Banco Central, com novas projeções econômicas, será divulgado no final de setembro.

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