A Polícia Federal (PF) enviou nessa última quinta, 12, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório preliminar da investigação sobre denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. A PF solicitou que o STF avalie a competência para conduzir o caso, uma vez que as acusações são referentes ao período em que Almeida ainda possuía foro privilegiado. Não há prazo definido para a decisão do Supremo.
As denúncias, tornadas públicas pelo portal Metrópoles e confirmadas pela organização Me Too, motivaram a demissão de Almeida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Segundo a Me Too, a entidade prestou apoio a mulheres que alegam terem sido assediadas sexualmente pelo ex-ministro. A Polícia Federal já ouviu uma das vítimas, mas o conteúdo do depoimento permanece sob sigilo.
Em sua defesa, Silvio Almeida se manifestou através de uma nota oficial, na qual classificou as acusações como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo. Ele reforçou seu repúdio aos relatos, destacando sua luta em prol dos direitos humanos e a dor que a situação lhe causa. Almeida também mencionou o impacto em sua vida pessoal, citando sua esposa e filha.
O ex-ministro ressaltou que todas as denúncias devem ter materialidade e lamentou o que considera uma tentativa de deslegitimar sua trajetória. Para ele, a situação prejudica não apenas sua imagem, mas também o avanço da pauta dos direitos humanos e da igualdade racial no Brasil.
Seja o primeiro a comentar