O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nessa última quinta, 12, em São Paulo, que a volta do horário de verão é uma possibilidade real no Brasil, com o objetivo de otimizar o uso da luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica. No entanto, ele destacou que a medida deve ser analisada com cautela, devido às suas implicações econômicas e sociais. “Se necessário, não tenham dúvida, que nós voltaremos com o horário [de verão]”, afirmou o ministro.
Silveira também determinou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica elaborem um plano de contingência para o verão de 2024/2025, em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O objetivo é garantir a segurança energética e reduzir a necessidade de ativação de usinas térmicas durante os horários de pico, entre 18h e 21h, período de maior demanda de eletricidade no país.
Além disso, o ministro ressaltou que o retorno do horário de verão pode beneficiar setores como o turismo, bares e restaurantes, devido ao aumento do consumo nesses períodos. Ele também destacou que o crescimento no consumo de energia é uma realidade, especialmente com as altas temperaturas, que fizeram o Brasil atingir um recorde de 105 gigawatts de consumo em uma tarde de setembro, contra uma média de 85 gigawatts.
O horário de verão foi adotado continuamente no Brasil de 1985 até 2019, quando foi revogado pelo governo federal. A medida impactava principalmente os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com o objetivo de reduzir a concentração do consumo elétrico no final do dia. O Ministério de Minas e Energia informou que a análise para o retorno do horário de verão está em curso, levando em consideração fatores energéticos, econômicos e climáticos.
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