A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, apresentou nesta quinta, 12, no Parlamento um novo plano para combater a imigração irregular, focando em medidas de segurança, restrições para requerentes de asilo e facilitação da expulsão de migrantes. A iniciativa, debatida pela primeira vez no Bundestag, inclui a revogação da proteção estatal para aqueles que retornam ao seu país de origem durante o processo de asilo, com exceções específicas para refugiados da Ucrânia. Além disso, os requerentes de asilo que cometerem crimes graves, como antissemitismo e racismo, também perderão a proteção governamental.
O plano de Faeser visa acelerar a expulsão de migrantes que tiveram sua entrada inicial registrada em outros países da União Europeia, conforme a Convenção de Dublin. Os migrantes nessa situação só receberão serviços sociais básicos por um período de 15 dias, após o qual o atendimento seria reduzido ao mínimo necessário. A ministra também anunciou a ampliação dos controles nas fronteiras da Alemanha com a França, Países Baixos, Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo, além dos controles já existentes com Polônia, República Tcheca, Suíça e Áustria.
A proposta gerou controvérsia entre os partidos políticos. Thorsten Frei, representante da União Democrata-Cristã (CDU) e da União Social-Cristã da Baviera (CSU), elogiou a intenção do governo, mas a considerou insuficiente. Frei e seu partido defendem uma proibição total da entrada de imigrantes ilegais. A CDU também pressionou por expulsões imediatas na fronteira, o que o governo considera uma violação das leis alemãs e comunitárias.
Além das medidas de imigração, o pacote inclui um endurecimento das regras sobre armas, com uma proposta de proibição do porte de facas em locais públicos e áreas de alta criminalidade, como estações de trem. O endurecimento das regras vem na esteira de incidentes violentos, como o ataque com faca em Mannheim e o ataque reivindicado pelo Estado Islâmico em agosto, que ressaltaram a necessidade de medidas mais rigorosas de segurança e controle.
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