As temperaturas globais atingiram níveis recordes durante o verão de 2024, com junho, julho e agosto registrando as médias mais altas já medidas, anunciou o observatório europeu Copernicus nesta sexta, 6. O fenômeno superou o recorde de 2023, marcando o verão mais quente já registrado no hemisfério norte. O relatório alerta que o ano de 2024 tem grandes chances de ser o mais quente da história, à frente de 2023, devido ao agravamento do aquecimento global.
Vários países, incluindo Espanha, Japão, Austrália e China, reportaram níveis históricos de calor em agosto. A temperatura média global do mês ficou 1,51°C acima da média do período pré-industrial (1850-1900), ultrapassando o limite de 1,5°C estabelecido como objetivo no Acordo de Paris de 2015. Esse limiar foi excedido em 13 dos últimos 14 meses, o que reforça o impacto crescente das mudanças climáticas.
Especialistas apontam que o sobreaquecimento dos oceanos é um dos principais fatores para esses recordes de calor, já que os mares absorvem 90% do excesso de calor gerado pela atividade humana. A temperatura da superfície do mar permanece em níveis extraordinários desde maio de 2023, o que também contribui para o aumento da intensidade dos ciclones e outros eventos climáticos extremos.
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