Mandado de prisão contra líder opositor agrava crise política na Venezuela

A crise política na Venezuela se intensificou com a emissão de um mandado de prisão contra o líder da oposição, Edmundo González, nessa última segunda, 02. O procurador-geral Tarek Saab anunciou a decisão de um tribunal que acusa González de incitação e outros crimes, em meio à controvérsia sobre os resultados da eleição presidencial de julho. Enquanto o Conselho Eleitoral Nacional e o tribunal superior declaram que o presidente Nicolas Maduro venceu com pouco mais da metade dos votos, a oposição afirma que González foi o verdadeiro vencedor, baseando-se em contagens que mostram uma vitória expressiva do opositor.

A oposição e várias entidades internacionais, incluindo um painel de especialistas da ONU, contestaram a transparência da votação e pediram a divulgação completa dos resultados. Apesar disso, o governo venezuelano continuou a reprimir a oposição, com a prisão de manifestantes e a abertura de investigações contra outros líderes opositores, como María Corina Machado. As tensões aumentaram, resultando em 27 mortes e mais de 2.400 prisões desde a votação.

Além de enfrentar o mandado de prisão, González foi acusado de diversos crimes, incluindo usurpação de funções e conspiração. Advogados afirmam que, devido à sua idade, González, que completou 75 anos recentemente, não pode ser preso em uma penitenciária comum, sendo elegível para prisão domiciliar, conforme as leis venezuelanas. A oposição nega qualquer irregularidade, enquanto aguarda novas notificações sobre o caso.

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