Em um dia marcado por tensões no mercado financeiro, o dólar fechou praticamente estável nessa última sexta, 30, após o Banco Central (BC) realizar duas intervenções no câmbio. A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,633, com uma leve alta de 0,17%. Apesar disso, a cotação registrou forte volatilidade ao longo do dia, refletindo as intervenções do BC, que vendeu US$ 1,5 bilhão à vista e US$ 765 milhões em contratos de swap cambial tradicional.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 também teve um dia de ajustes, recuando 0,03% e fechando aos 136.004 pontos. Apesar das quedas recentes, o índice registrou o melhor desempenho mensal do ano em agosto, com alta de 6,54%, impulsionado principalmente pela expectativa de queda nos juros nos Estados Unidos a partir de setembro. O desempenho positivo do mês ocorreu mesmo com a volatilidade decorrente de fatores internos e externos, como a inflação americana e o déficit primário do governo brasileiro.
No cenário internacional, o mercado reagiu de forma mista à inflação de 0,2% nos Estados Unidos em julho, enquanto, no Brasil, a divulgação de um déficit primário de R$ 21,348 bilhões, pior do que o esperado, influenciou o comportamento dos investidores. O resultado negativo foi impulsionado pelos gastos dos governos locais antes das restrições eleitorais, aumentando as preocupações com a saúde fiscal do país.
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