O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que vetará a reforma previdenciária aprovada pelo Senado nessa última quinta, 22, medida que deve intensificar as tensões com o Congresso, atualmente controlado pela oposição. A reforma propõe aumentar as pensões de acordo com a inflação de três dígitos do país, mas o governo argumenta que isso colocaria em risco o rigoroso equilíbrio fiscal que Milei tem buscado manter desde que assumiu o cargo em dezembro.
Em uma declaração publicada no X, o gabinete do presidente afirmou que o projeto de lei visa “destruir o programa econômico do governo”, pois demandaria um gasto adicional de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Milei, que tem adotado medidas severas de austeridade para combater a inflação e a pobreza crescente, reiterou o compromisso de manter o superávit fiscal, mesmo diante da oposição no Congresso.
A senadora peronista Juliana Di Tullio, que apoiou o aumento das pensões, argumentou que a medida é necessária diante da crise social que atinge o país, onde 55,5% da população vive na pobreza e 17,5% em extrema pobreza. Na semana anterior, o Congresso já havia derrubado um decreto presidencial que ampliaria o orçamento de inteligência, redirecionando recursos para áreas sociais mais urgentes.
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