O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nessa última sexta, 16, uma resolução expressando preocupação com a situação política na Venezuela, após as eleições presidenciais que deram a vitória a Nicolás Maduro. A oposição e diversas organizações internacionais, além de países como o Brasil, não reconheceram os resultados do pleito, alegando falta de transparência e possíveis fraudes. A resolução da OEA pede ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela que divulgue rapidamente as atas de votação e realize uma verificação imparcial para garantir a legitimidade do processo.
A resolução foi apresentada pelos Estados Unidos e recebeu apoio de países como Argentina, Canadá e Chile, sendo aprovada por consenso. O texto também solicita a preservação dos equipamentos e votos impressos utilizados nas eleições, destacando a importância de uma auditoria completa e transparente. O processo eleitoral na Venezuela está sob análise do Tribunal Supremo de Justiça, após denúncias de fraudes e ataques cibernéticos contra o CNE, mas até o momento, os resultados detalhados por mesa de votação não foram divulgados.
A OEA também destacou a participação “substancial e pacífica” dos eleitores venezuelanos e pediu respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais. A organização instou as autoridades venezuelanas e outros atores políticos a evitarem ações que possam comprometer uma solução pacífica para a crise, reafirmando a necessidade de proteger as instalações diplomáticas e as pessoas que buscam asilo.
Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 52% dos votos. Já a oposição, que concorreu com Edmundo González, afirma ter apresentado mais de 80% de atas eleitorais, coletadas por fiscais durante as eleições, que indicariam a vitória do opositor com cerca de 70% dos votos.
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