Valentina Petrillo, de 50 anos, está prestes a fazer história como a primeira atleta abertamente transgênero a competir nos Jogos Paralímpicos. Representando a Itália nas provas femininas de 200 e 400 metros, Petrillo, que tem deficiência visual devido à síndrome de Stargardt, foi selecionada para participar dos jogos em Paris após conquistar medalhas de bronze nos Campeonatos Mundiais de Atletismo Paralímpico no ano passado.
Diagnosticada com a síndrome de Stargardt aos 14 anos, a visão de Petrillo é limitada a 1/50 da capacidade normal. Ela fez a transição de gênero em 2019, após já ter conquistado 11 títulos nacionais na categoria masculina. Sua inclusão nos Jogos Paralímpicos, no entanto, ocorre em um contexto de crescente debate sobre a participação de atletas transgêneros em competições femininas. O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, reafirmou que Petrillo é bem-vinda em Paris, em conformidade com as políticas do atletismo paralímpico mundial, destacando a importância de uma abordagem unificada para atletas transgêneros.
Enquanto alguns defendem que a inclusão de atletas transgêneros no esporte feminino é uma questão de igualdade e não discriminação, outros argumentam que a puberdade masculina confere uma vantagem significativa que a transição de gênero não anula. Este debate continua a influenciar as políticas esportivas globais, mas, no caso dos Jogos Paralímpicos de Paris, Petrillo terá a oportunidade de competir e continuar sua trajetória de sucesso no atletismo paralímpico.
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