O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, classificou como “infundadas” as críticas sobre a participação de ministros da Corte em eventos patrocinados por empresários com causas em tramitação no tribunal. Durante a abertura da sessão nessa última quinta, 1°, Barroso defendeu a prática, que tem sido alvo de matérias jornalísticas recentes, destacando que a presença em seminários no exterior, com despesas de passagens aéreas e hospedagem pagas, não configura problema ético.
Barroso argumentou que as críticas refletem um “preconceito contra a iniciativa privada e o empreendedorismo” e enfatizou que eventos com grande público não são locais propícios para condutas antiéticas. “Coisas eticamente erradas, se tivessem que acontecer, não aconteceriam em congressos com 2 mil pessoas”, afirmou o ministro. Ele também destacou que a participação em tais eventos é um ato de cortesia e não gera vínculo entre os ministros e os empresários, reforçando que “é equivocado achar que o ministro é quem fica devedor. O ministro fica credor do esforço de participar de um evento.”
Além disso, Barroso assegurou a transparência do STF, afirmando que as deliberações da Corte são realizadas publicamente e que o tribunal possui um Portal da Transparência com todas as despesas detalhadas. “Nenhum tribunal do mundo é mais transparente do que o Supremo Tribunal Federal. Nós deliberamos na frente da televisão, todo mundo pode assistir o que nós estamos fazendo. Nenhuma decisão é tomada em uma sala fora da vista de qualquer pessoa,” concluiu Barroso.
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