Milhares de manifestantes entraram em confronto com a polícia em Londres, Manchester e Hartlepool na noite dessa última quarta, 31. Os protestos foram desencadeados por um esfaqueamento em Southport, que resultou na morte de três meninas. A violência nas ruas britânicas levou à prisão de mais de 100 pessoas e deixou vários feridos. Em Londres, manifestantes anti-imigração se reuniram perto da residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street, gritando “salvem as nossas crianças” e “queremos o nosso país de volta”.
Em Hartlepool, um carro de polícia foi incendiado após uma multidão se concentrar na área de Murray Street, onde policiais foram atacados com garrafas de vidro e ovos. Oito pessoas foram presas. Em Manchester, uma grande manifestação ocorreu junto ao hotel Holiday Inn, na Oldham Road. Cerca de 40 manifestantes, incluindo homens e crianças, usavam balaclavas ou gorros e protestavam contra os requerentes de asilo alojados no hotel.
Os protestos em Londres tornaram-se mais violentos, com manifestantes de extrema-direita confrontando a polícia perto do Parlamento e da residência do primeiro-ministro, Keir Starmer. Latas de cerveja e garrafas de vidro foram arremessadas contra a polícia de choque em frente à Downing Street, enquanto sinalizadores de fumaça foram lançados contra a estátua de Winston Churchill na Praça do Parlamento. A Polícia Metropolitana informou que mais de 100 pessoas foram detidas por delitos, incluindo desordem violenta e agressão a um trabalhador de emergência.
As desordens começaram após alegações falsas nas redes sociais de que o suspeito do ataque a facas em Southport seria um migrante islâmico radical. A polícia britânica esclareceu que o ataque não estava relacionado com terrorismo e que o suspeito, um cidadão de 17 anos, nasceu na Grã-Bretanha. O caso está em investigação, e o acusado comparecerá ao tribunal de magistrados de Liverpool ainda esta quinta-feira. O primeiro-ministro Keir Starmer se reunirá com a polícia para oferecer total apoio do governo e enfatizar que os criminosos que exploram o direito aos protestos pacíficos para semear ódio e violência enfrentarão a força da lei.
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