Bombardeios de tanques e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 37 palestinos perto de Khan Younis, revelaram fontes de Gaza nesta segunda, 22. O Estado hebraico emitiu novas ordens de evacuação de alguns bairros, alegando ataques vindos dessas áreas. Para facilitar as evacuações, os militares ajustaram os limites de uma zona humanitária em Al-Mawasi, buscando manter a população civil longe das áreas de combate com militantes palestinos liderados pelo Hamas.
De acordo com as autoridades sanitárias palestinas, pelo menos 16 palestinos foram mortos por disparos de tanques de Israel na cidade de Bani Suhaila, ao leste de Khan Younis, enquanto a região também foi bombardeada por aviões. Entre os mortos estão seis crianças e quatro mulheres, além de dezenas de feridos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que a intensidade dos bombardeios impediu as equipes de emergência de alcançarem todas as áreas afetadas. As novas ordens de evacuação de Israel, segundo os militares, se devem ao aumento dos ataques de militantes palestinos, incluindo lançamentos de rockets.
O Hospital Nasser, em Khan Younis, fez um apelo urgente por doações de sangue devido ao grande número de vítimas. Além disso, ataques aéreos israelenses atingiram casas em Al-Bureij e Deir Al-Balah, ferindo várias pessoas, e outro ataque em Gaza, no norte do enclave, matou dois palestinos. Israel prometeu erradicar o Hamas após um ataque transfronteiriço em outubro do ano passado, que deixou 1.200 mortos e mais de 250 reféns. Desde então, pelo menos 38 mil palestinos foram mortos na ofensiva de retaliação de Israel, conforme autoridades sanitárias de Gaza.
Os esforços para um cessar-fogo, liderados por Catar e Egito com apoio dos Estados Unidos, têm falhado devido à falta de acordo entre os combatentes. No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou o envio de uma nova delegação para negociar um acordo. Em meio a protestos em Israel pela libertação dos reféns, Netanyahu viajou para os EUA, onde discursará no Congresso norte-americano, buscando ancorar o apoio bipartidário crucial para Israel.
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