Novo ataque em Rafah intensifica crise humanitária na Faixa de Gaza

A cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi novamente alvo de bombardeios israelenses na madrugada dessa quarta, 3. Este ataque ocorre enquanto milhares de palestinos fogem em busca de abrigo, atendendo à ordem de evacuação emitida pelas autoridades. Nos últimos dias, tanques israelenses avançaram para o oeste e norte da cidade, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas, segundo informações das autoridades de saúde locais.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na terça-feira que a guerra só terminará quando todos os objetivos forem alcançados, incluindo a “destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns” sequestrados em 7 de outubro. O chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, descreveu a operação como uma “longa campanha”. Em meio a esta escalada de violência, milhares de famílias palestinas deixaram Rafah e Khan Younis em busca de segurança, água e alimentos em outras partes do território, já devastado por quase nove meses de conflito.

A ONU alertou que cerca de 250 mil pessoas serão afetadas pela ordem de evacuação, que cobre uma área de 117 quilômetros quadrados, um terço da Faixa de Gaza. A evacuação também atingiu o último hospital em funcionamento na área, o Hospital Europeu de Gaza, que abrigava tanto famílias deslocadas quanto pacientes. Em Deir Al-Balah, a presença de centenas de milhares de palestinos deslocados gerou uma crise de água potável e inflacionou os preços dos alimentos básicos. Desde o início da ofensiva em 7 de outubro, o Ministério da Saúde de Gaza reporta a morte de aproximadamente 38 mil pessoas.

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