Em mais um dia de turbulências no mercado interno e externo, o dólar comercial encerrou essa última segunda, 1º, vendido a R$ 5,653, com alta de R$ 0,064 (+1,15%). Durante a manhã, a cotação operou próxima da estabilidade, mas disparou à tarde, alcançando a máxima do dia. Este valor representa o maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando a moeda norte-americana estava a R$ 5,67. Em 2024, a divisa acumula uma alta de 16,48%.
Paralelamente, a bolsa de valores registrou um dia de recuperação, com o índice Ibovespa fechando aos 124.765 pontos, uma alta de 0,69%. O desempenho positivo foi impulsionado por ações de empresas exportadoras de commodities, cujos preços subiram no mercado internacional nesta segunda-feira. Tanto fatores domésticos quanto internacionais influenciaram o mercado financeiro, com destaque para a alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, que incentivam a fuga de capitais de países emergentes.
Internamente, o mercado financeiro foi pressionado pela piora nas expectativas de inflação apontadas no boletim Focus do Banco Central. Além disso, declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central adicionaram incertezas ao cenário. Lula criticou novamente o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e os atuais juros de 10,5% ao ano, afirmando que pretende nomear um presidente que entenda a realidade do país de forma mais ampla.
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