As forças israelenses intensificaram os bombardeios em Rafah e outras áreas da Faixa de Gaza, envolvendo-se em combates corpo a corpo com militantes liderados pelo grupo islâmico palestino Hamas, relataram moradores e militares israelenses. Os ataques visam concluir a captura de Rafah, cidade no extremo sul do enclave, alvo de ataques desde o início de maio. Com tanques avançando pelas partes oeste e norte da cidade, os israelenses já controlam o leste, sul e centro, forçando uma nova onda de deslocamentos em uma cidade que já abrigava mais de 1 milhão de pessoas deslocadas.
Os militares israelenses afirmaram que suas ações são “precisas e baseadas em inteligência” e que encontraram túneis usados por militantes em Rafah, onde os combates a curta distância continuam. Moradores relataram um aumento significativo no ritmo dos ataques nos últimos dois dias, com explosões e tiros quase ininterruptos. A ofensiva israelense, que já dura mais de oito meses, agora se concentra nas áreas finais de Rafah e Deir al-Balah. Ahmed Al-Sofi, prefeito de Rafah, declarou que a cidade se tornou uma área de operações militares, sem instalações médicas em funcionamento e com escassez crítica de alimentos e água.
Desde o início dos ataques israelenses em maio, mais de 37.400 pessoas foram mortas, conforme dados das autoridades de saúde palestinas. A campanha terrestre e aérea de Israel foi desencadeada após um ataque de militantes do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 250 reféns. A ofensiva deixou Gaza devastada, desabrigando quase toda a população e agravando a crise humanitária no enclave.
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