Em meio a um cenário de incertezas tanto internas quanto externas, o dólar comercial voltou a ganhar força nessa última segunda, 17, encerrando o dia cotado a R$ 5,421, o que representa uma alta de R$ 0,039 (+0,73%). A moeda norte-americana atingiu seu maior patamar desde janeiro do ano passado, refletindo uma valorização acumulada de 3,28% somente no mês de junho e de 11,7% ao longo de 2024. A elevação do dólar foi acompanhada por um novo declínio na bolsa de valores brasileira, que fechou o pregão com o índice Ibovespa aos 119.138 pontos, marcando o menor nível desde novembro de 2023.
Os investidores estão atentos aos desdobramentos internos, especialmente à iminente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, agendada para quarta-feira (19). Há expectativas sobre o futuro da Taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, e também sobre medidas fiscais que podem ser anunciadas pelo governo para conter gastos públicos. No cenário internacional, a alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano continua pressionando economias emergentes como o Brasil, incentivando a saída de capitais de mercados de maior risco.
A volatilidade no mercado financeiro reflete uma busca por ativos mais seguros e menos expostos a oscilações, como os investimentos em renda fixa. Com isso, o mercado de ações brasileiro segue em queda, enquanto os investidores aguardam por sinais claros das autoridades econômicas e monetárias quanto às futuras políticas fiscais e monetárias do país.
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