As devastadoras enchentes e enxurradas que assolaram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril deixaram um rastro de prejuízos visíveis na economia estadual. De acordo com a Receita Estadual, as vendas industriais registraram uma queda alarmante de 15,6% em maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Setores cruciais, como insumos agropecuários, metalmecânico e de pneumáticos e borrachas, foram duramente atingidos, com percentuais negativos que ressaltam a magnitude do impacto.
A análise detalhada por região revela uma realidade preocupante em diversas áreas do estado. As maiores baixas foram observadas na Fronteira Noroeste, Alto do Jacuí e em vários vales, como o do Rio dos Sinos, Taquari e Caí. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, um dos polos econômicos mais importantes do estado, as vendas industriais também apresentaram uma queda significativa de 21,2%, agravando ainda mais a situação.
Além das perdas imediatas, as consequências das enchentes no cenário econômico nacional suscitam preocupações adicionais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente um crescimento de 2,5% no PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2024, porém, alertou que este cálculo não considera o impacto das adversidades climáticas enfrentadas pelo Rio Grande do Sul. Com o estado representando uma fatia considerável do PIB nacional em anos anteriores, a ausência dessa variável no cálculo atual levanta questionamentos sobre a magnitude total do impacto econômico das enchentes.
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