O saldo da caderneta de poupança registrou um aumento significativo em maio, marcando o segundo mês consecutivo de alta, segundo dados divulgados nesta sexta, 7, pelo Banco Central. As entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões, com aplicação de R$ 362,5 bilhões e saques de R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados totalizaram R$ 5,2 bilhões, resultando em um saldo total de R$ 993,3 bilhões na poupança.
Este resultado positivo contrasta com o mesmo período do ano anterior, quando os saques superaram os depósitos em R$ 11,7 bilhões. A caderneta de poupança, que enfrentou saídas líquidas em 2022 e 2023, registrou um saldo negativo de R$ 87,8 bilhões no último ano, devido ao alto endividamento da população e à preferência por investimentos com melhor desempenho diante da manutenção da taxa básica de juros em alta.
A manutenção da Selic em patamares elevados tem incentivado os brasileiros a buscar alternativas de investimento, contribuindo para os saques na poupança. Desde março de 2021, o Banco Central elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, visando controlar a inflação. Atualmente em 10,5% ao ano, a taxa básica permanece elevada devido às expectativas inflacionárias e ao cenário macroeconômico desafiador. Em contrapartida, a poupança registrou captação líquida recorde em 2020, influenciada pela instabilidade econômica gerada pela pandemia de covid-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial.
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