A Polícia Civil concluiu um inquérito esta semana, indiciando quatro pessoas suspeitas de lançamento indevido de poluentes nos rios da bacia do Guandu, em agosto do ano passado. Os indivíduos estão ligados a uma empresa local que atua na fabricação de sabões e detergentes. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) considerou a responsabilidade dos sócios e diretores da empresa após perícias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que identificaram o lançamento de produtos surfactantes nas galerias de águas pluviais da empresa.
Em agosto de 2023, a região metropolitana do Rio de Janeiro foi impactada por uma espuma branca espessa no rio Guandu, levando a Cedae a suspender o abastecimento de água para grande parte da área. O Sistema Guandu, localizado em Nova Iguaçu, é crucial para o abastecimento, respondendo por 80% da água consumida na região. Com uma vazão de 43 mil litros por segundo, a estação de tratamento serve a mais de 9 milhões de pessoas. O rio Guandu, que corta oito municípios, incluindo Nova Iguaçu e Rio de Janeiro, é essencial para a área metropolitana, desaguando na Baía de Sepetiba.
O impacto ambiental do lançamento de poluentes no rio Guandu ressalta a importância da preservação dos recursos hídricos e do rigor na fiscalização das atividades industriais. As medidas adotadas pela Polícia Civil, com base em investigações técnicas detalhadas, sinalizam a responsabilização das partes envolvidas, destacando a necessidade de ações preventivas para evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública na região metropolitana do Rio de Janeiro.
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